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A Psicologia é Anticristã?
De acordo com o psicólogo Jamiel de Oliveira¹ psicologia é o estudo do comportamento humano e de seus processos mentais. A psicologia historicamente fez parte da filosofia e a partir do século XIX ganhou autonomia e status de ciência. Devido a alguns grandes nomes da psicologia serem ateus e críticos da religião, como Sigmund Freud (pai da psicanálise), ela ganhou fama de ser anticristã e muitos cristãos criaram certo preconceito com ela.
Recentemente isso começou a mudar. Muitos pastores e cristãos perderam a rejeição a psicologia e começaram a estudá-la. Eles deixaram de vê-la com receio para dar bastante enfoque a ela. Como sempre o ser humano tende a ir para os extremos de um lado ou de outro. Eu acredito que a psicologia enquanto ciência é muito importante e útil para todos nós, mas que devemos ter certos cuidados.
Não podemos demonizá-la, mas devemos fazer como o Apóstolo Paulo nos ensinou: julgar todas as coisas e reter o que é bom (1Ts 5:21). Lembremos que a psicologia é uma ciência relativa e nenhuma de suas verdades é absoluta. Assim aquilo que for servir para agregar a nossas fés e as nossas vidas tomemos para nós. Aquilo que não for descartemos. Nos cristãos tendo uma postura crítica e moderada sobre a psicologia só temos a usufruir o que ela tem de melhor a oferecer.
Um exemplo de como a psicologia pode ser útil para nós, mas ao mesmo tempo é preciso cuidado é a teoria do Behaviorismo. Leciona o psicólogo Jamiel de Oliveira sobre ela²:
''A premissa básica do Behaviorismo era de que todo comportamento é aprendido - não inato - decorrente da relação entre o estímulo que o indivíduo recebe do seu meio social. Ao receber um determinado estímulo, espera-se que o indivíduo tenha um determinado comportamento.''
Se formos receber essa teoria em sua totalidade iremos negar o pecado e a responsabilidade do individuo diante de Deus porque nela tudo é explicado pelo estímulo social. Contudo, se aplicarmos ela na igreja veremos que muitas pessoas desanimam de ir a igreja e de buscar a Deus justamente por falta de estímulo dos seus líderes. Se formos utilizar ela no aconselhamento poderemos ajudar muitas pessoas que estão desmotivadas e gerar nelas novamente o desejo de estarem na igreja.
Um outro exemplo seria a psicologia da Gestalt. Segundo, novamente, o psicólogo Jamiel de Oliveira³ a Gestalt trata da percepção. Entre o estímulo que o ambiente fornece e a resposta que o individuo dá, existe o processo da percepção. Na igreja se nos colocarmos no lugar do nosso semelhante poderemos enxergar como ele está enxergando e dessa forma poder ajudá-lo. Muitos problemas surgem na igreja muitas vezes porque não temos uma visão mais apurada das coisas, enxergamos apenas de modo superficial. Porém, é preciso nos termos cuidado porque se levarmos essa teoria as últimas consequências poderemos relativizar a nossa fé.
Eu tenho visto que hoje a psicologia é um dos cursos preferidos dos cristãos e até de muito pastores. É algo que me deixa feliz, pois vejo que os cristãos estão vendo o que ela tem de bom a oferecer. Agora eu preciso alertar que ela não substitui a palavra de Deus. O pastor precisa conhecer e manejar bem as escrituras. Só elas têm o poder de alcançar o mais profundo do coração do ser humano. Se existem situações onde a psicologia pode contribuir em muito para o tratamento de um cristão, existem outras em que somente Deus em sua onipotência pode resolver.
Eu vejo Jesus como o maior psicologo de todos os tempos. Ninguém conhece a alma humana como ele. Ele conhece os nossos medos, nossas angústias, nossas expectativas, nossas feridas e nossos dilemas. Quando necessário busquemos o psicólogo ou sejamos o psicólogo (tanto o leigo como o de formação - todo pastor é um psicólogo leigo). Afinal o psicólogo é o médico da alma, entretanto tenhamos em mente o amor e o poder do psicólogo Jesus. Ele sara os mais profundos machucados de nossas almas.
Referências
[1] LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
[2] LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
[3] LOPES. Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral. Rio de Janeiro. CPAD, 2017.
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